terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Curiosidade sobre o vaso sanitário ou "privada"


A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO VASO SANITÁRIO

Como era um banheiro na Antiguidade?

Banheiros no interior de casas começaram a surgir ainda no terceiro milênio antes de Cristo. Escavações arqueológicas mostraram vestígios dessas construções em cidades localizadas no oeste da atual Índia. No Ocidente, porém, a história do banheiro teve uma evolução bem diferente.

Na Grécia do século V a.C., por exemplo, as residências não contavam com toaletes e os gregos preferiam mesmo era se aliviar ao ar livre. Isso ainda ocorria na Roma do início da era cristã, quando também era comum o uso de penicos. Mas, se não gostavam de banheiros privados, os romanos adoravam fazer suas necessidades em público, em construções comunitárias anexas a termas. A expansão do Império Romano levou esse conceito do banheiro público a outras partes do mundo antigo. Mas, quando a grande potência se enfraqueceu, a partir do século V, esse tipo de construção caiu em desuso.

Dentro das residências, os banheiros só começariam a se popularizar na Europa em 1668, quando o Comissariado de Polícia de Paris, na França, emitiu um decreto determinando que todas as casas construídas na cidade a partir dali deveriam ter esse importante cômodo.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Os nossos mais antigos antepassados não dispunham de lugares específicos para fazerem suas necessidades fisiológicas; faziam isso atrás de moitas ou em um simples buraco cavado no chão. Os primeiros banheiros no interior das casas surgiram por volta 2.500 a.C., na região que hoje formam Índia e o Paquistão.
Os egípcios, por volta de 2100 a.C., são os primeiros a utilizar latrinas de uma maneira em que ficassem sentados, criando um padrão empregado que segue até os dias atuais.

Banheiro público romano

Na civilização ocidental, a evolução histórica do vaso sanitário teve outro rumo, diferente das outras civilizações. Na Roma antiga, as pessoas faziam suas necessidades em penicos. Entretanto, os romanos faziam suas necessidades também em banheiros públicos, associados às casas de banho. Esses banheiros públicos tinham latrinas coletivas, que eram instaladas em grandes bancadas de pedra sob as quais passavam os canais de água corrente, usados para carregar os dejetos até rios distantes.


Modelo de vaso sanitário de John Harrington

Muito tempo depois, na Inglaterra, no século 16, John Harrington projetou um modelo de vaso sanitário com um mecanismo bastante similar ao que seria utilizado posteriormente. A popularização do invento de Harrington só ocorreu anos depois, em 1668, quando as casas construídas em Paris passaram a ser obrigadas a ter um banheiro privado.
Durante a primeira Revolução Industrial, no fim do século 18 e início do século 19, as tecnologias para vasos sanitários evoluíram em grande escala, devido ao grande contingente de trabalhadores que migraram para as grandes cidades. Nessa época também, houve uma invenção importante que foi o WC (water closet), que é o conceito vital que se tem atualmente de vaso sanitário.


Vaso sanitário desenvolvido por Joseph Bramah

O inglês Joseph Bramah desenvolveu um vaso sanitário com descarga hídrica, e isso representou um grande passo na evolução histórica do vaso sanitário porque foi em função do uso da água que a partir deste ponto o vaso sanitário tornou-se objeto de grande necessidade dentro de qualquer casa.


Vasos sanitários do fim do século 19

Os primeiros vasos sanitários modernos, como conhecemos atualmente, passaram a ser utilizados largamente no fim do século 19 e início do século 20. O que diferenciava esses vasos dos anteriores era a utilização do sifão. O sifão passou a ser utilizado porque se evitava que os odores entrassem na habitação. Mas a principal função do sifão é drenar o vaso, e a gravidade conduz a água para dentro de um tanque séptico ou um cano de esgoto.


Vaso atual com caixa acoplada

Atualmente, existe uma grande preocupação no desenvolvimento dos vasos sanitários, e ela está relacionada à eficiência no uso da água. O vaso com caixa acoplada possui um gasto médio de água de 6 a 8 litros, por descarga. Também existem vasos sanitários ainda mais econômicos, como os vasos sanitários que são utilizados em aviões que através de vácuo sugam os dejetos.



Vaso High-Tech

Ultimamente, vêm sendo desenvolvidos vasos sanitários high-tech, com diversas funções e gadgets, que realizam tarefas como: limpar e secar, tampa do assento automática, descarga ativada por sensores ou através de um botão, purificador de ar, assento aquecido, entre outras funções.

A evolução da iluminação e ela como forma de design na contemporaneidade


COMO O VESTUÁRIO E  A HABITAÇÃO EVOLUIU JUNTAMENTE COM A  LUZ  


- As velas permaneceram como única fonte de luz artificial durante 1400 anos.

- No século XVIII eram feitas de sebo ou cera de abelhas, que eram reservadas aos ricos.

- Posteriormente foi inventado o lampião a óleo que permitiu que varias atividades fossem realizadas durante a noite, como ler, jogar cartas com conforto, escrever ou costurar. Por isso este mercado expandiu-se rapidamente.

- Na tentativa de utilizar combustíveis mais limpos e ter uma luz mais clara os empresários desenvolveram o querosene, extraído do petróleo.

- A principal alternativa para o lampião de querosene era a luz a gás.

-O queimador atmosférico permitiu a combustão completa do gás,mas o gás ainda geravam fuligem e deixavam os tetos, cortinas e estofados escurecidos.

-Luz elétrica.


CANDEEIRO



(Utilização do candeeiro antigo em decorações atuais)



LAMPIÃO DA QUEROSENE


(Ultimamente é utilizado em decorações rústicas, como de casas de inverno ou fazendas)




Design de Interiores contemporâneo


Confira os projetos de design de interiores de Karim Rashid pelo mundo.

Escolhi essa designer, pois além de me identificar com seus projetos, vejo uma técnica e uma noção de ocupação do espaço, juntamente com a iluminação, de altíssima qualidade.

Com múltiplos talentos, Karim Rashid, que costuma se vestir de branco ou rosa, assina projetos para lojas, hotéis e restaurantes, espalhados pelo mundo.

Ela utiliza de muitas cores, curvas, iluminação embutida, cortes irregulares, painéis, e muitos espelhos.






História de palácios e castelos suntuosos que se transformaram em hotéis


 
Muitos hotéis - por tamanho, por arquitetura e pela sua rica história - merecem verdadeiramente ser chamados de palácios. O Castello del Nero em Florença, na Itália, é um deles. A origem do lugar remonta ao século XII, quando se tornou a residência de uma rica família de Florença. O castelo se destaca pela sua arquitetura, com torres e uma capela, e recebe com muito luxo visitantes de passagem pela Toscana  
Último dos grandes palácios da Índia, na cidade de Jodhpur, no Rajastão, o Umaid Bhawan Palace foi construído entre 1928 e 1943 e tem uma arquitetura impressionante, digna de uma das maiores residências reais da história, com 347 quartos. O lugar virou um hotel em 1977, com interiores Art Déco originais, e até hoje a família real do Rajastão vive em uma de suas alas. (Ai está minha chance de ir para a India!)
 
Situado ao pé dos Champs Elysées, o Hotel de Crillon é um dos palácios mais luxuosos de Paris, com seus abundantes lustres dourados, cristais, pisos de mármore e obras de arte.
 
Magnífica vila sobre o Lago de Como, a uma hora e meia de Milão, no norte da Itália, Villa d'Este foi construída em 1568. Além da beleza do lago, Villa d'Este tem um parque com um famoso mosaico no seu centro. A vila tem 125 quartos no edifício original e 27 no Pavilhão da Rainha, inaugurado em 1860.
 
O Castelo de la Messardière, em Saint-Tropez, França, construído no século XIX para o militar Henri Brisson de la Messardière, tem 45 suítes e 70 quartos com vista para o mar, spa e um parque de 10 hectares.
 
Situado no vale do rio Ruhr, entre as cidades de Düsseldorf e Essen, no oeste da Alemanha, o Castelo de Hugenpoet foi construído em 1478, destruído em um incêndio e reconstruído em 1756. Hoje tem 26 quartos e suítes com móveis originais.
 
Construído perto de Galway, no oeste da Irlanda, como mosteiro, em 1228, o castelo de Ashford foi comprado por Sir Benjamin Lee Guinness, membro da família da famosa cerveja irlandesa em 1855 e acabou virando moradia de nobres ingleses. Sua estrutura imponente com torres medievais virou um hotel de luxo em 1939.
 
Antiga residência do Conde de Valença, o Palácio da Lapan foi construído em 1870 sobre a mais nobre das sete colinas de Lisboa. O local tem uma decoração elegante com contribuições de artistas do século 19 como Rafael Bordalo Pinheiro, um dos maiores ceramistas portugueses da época e Columbano, pintor de retratos.
 
A história do Taleon Imperial Hotel de São Petersburgo remonta ao século XVIII, quando foi construído como residência da filha do Czar Pedro, o Grande. Desde então, pertenceu a diversas personalidades da cidade, foi um cinema, uma universidade marxista e reabriu como hotel em 2003.
 
Conhecido como "a joia de Jaipur", na capital da provincial do Rajastão, no oeste da Índia, o Rambagh Palae foi a luxuosa moradia do Marajá e sua mulher a partir de 1835. O local pemaneceu como residência da realeza até 1957, quando foi transformado em hotel. 
 
Obra-prima da arquitetura indiana, construído em 1754 para ser a residência de verão da realeza da época, o Taj Lake Palace situa-se no meio do Lago Pichola, na cidade indiana de Uidapur. Hoje o local é um hotel que se autoproclama "o hotel mais romântico do mundo" e que faz de tudo para continuar com o nobre legado da construção.
 
No século XVII, o Papa Alexandre VII mandou construir o Palácio Gori Pannilini, em Siena, para o casamento de sua sobrinha. No começo do século XX, o local virou um hotel com uma fachada suntuosa. A decoração é tão magnífica quanto o conjunto do hotel, com móveis e detalhes como frescos e lustres do século 18.
 
A 350 m do nível do mar, com uma vista impagável sobre a Costa Amalfitana, o Hotel Caruso fica em um antigo palazzo do século XI. Em 1903, um artigo do 'New York Times' sobre o local o catapultou à fama, e o palácio inteiro acabou virando um hotel.
 
Antiga residência real construída em Istambul no século XVII, o Ciragan Palace era originalmente uma vila, destruída em 1834 para a construção de um novo palácio. Em 1987 o local foi restaurado e em 1990 foi inaugurado este magnífico e luxuoso hotel que é hoje. 

História do Design


 A HISTÓRIA DO DESIGN



O design Moderno, culmino até o início da década de 30, através da Bauhaus: a instituição de design mais importante do século XX. Essa escola foi responsável por um enorme desenvolvimento do movimento moderno através de melhores métodos de produção e de materiais de melhor qualidade, como o metal tubular, o uso do aço e do vidro. A eficiência funcional da Bauhaus, tornou-se sinônimo de modernismo.Por volta de 1927, emergiu um Estilo Internacional do modernismo que se distinguia pelo Essencialismo, baseado no conceito moderno de obter o máximo pelo minimo. Ligado ao design ambiental, tentava encontrar soluções inovadoras de design, usando o mínimo possível de energia e materiais.

    
 Em meados do século XVI, objetos decorativos começaram a ter pela primeira vez um valor de status atribuídos a eles. A monarquia e a nobreza começaram a se interessar por esses adereços, tapeçarias, porcelanas, e artefatos de decoração, foram transformados em objetos de desejo e luxo, através da aplicação de ouro em livros e porcelanas, que demonstrava prestígio e posição social. Surgiu então, a primeira indústria de manufatura de artes decorativas, comandada por Charles Le Brun que supervisionava as atividades manufaturadoras da Gobelins, onde assinava os desenhos que iam às tapeçarias. Na Alemanha também se iniciou a manufatura de peças valiosas de porcelana para a burguesia. Todo esse surgimento levou à necessidade de que artistas se dedicassem ao desenho de peças exclusivas, agregando mais valor a esses produtos.





     Os artistas começaram a assinar como diretores de criação, sendo que a produção mecânica do produto era feita por trabalhadores manuais. Essa situação levou os artistas a terem uma situação social privilegiada em relação aos que manufaturavam os produtos. O advento desse novo tipo de desenho leva a uma nova preocupação estética no começo de séc. XVIII: o desenho de livros e materiais impressos. Surge então, um novo mercado para artistas, que se dedicam à criação de livros, estudos de diagramação, tipografia, espaçamento, margens e formas das letras que são realizados, com o objetivo de se criar modelos de obras mais elaboradas e com maior legibilidade.

     Graças a esse novo movimento do design foi criado um mercado que abrangia mais do que somente artistas, abriram-se espaço para tipógrafos, diagramadores, ilustradores e outros profissionais da área; e com isso o livro se tornou um objeto mais acessível. Esse período foi muito importante para a evolução das artes gráficas, pois daí surgiu o sistema de fontes utilizado até hoje, influenciando designers dos dias atuais.


Ball chair pós moderno 


Como visto anteriormente, a arte decorativa pensava e produzia peças exclusivas para os integrantes da aristocracia. Destacaram-se com seu design de detalhes, materiais nobres e de maior qualidade. O ouro foi muito utilizado. Sua forma de expressão focava principalmente o status. No séc. XIX, na Inglaterra, surgiu o DESIGN DA REFORMA.



Banco Bite Me 2009



     Não havia uma preocupação tão grande com os detalhes das peças, mas sua função é pensada, agregando valores à sociedade com a preocupação de organizá-la, inserindo a sua cultura melhores condições de vida. Os móveis não tinham nenhuma intenção de uso e praticidade, as peças são elaboradas com conceito e funcionalidade.




Barcelona - Chair



     Exemplo: ESCRIVANINHA trouxe maior organização ao ambiente de trabalho, causando até um rendimento maior nos escritórios onde eram utilizadas. MESA DE JANTAR: seu conceito foca o VALOR MORAL. Aproximando as pessoas na hora do jantar, fazendo com que elas compartilhassem seus desejos e ideais. Logicamente a REFORMA surgiu de um interesse comercial e também pelo contexto histórico, diante da evasão do campo para a cidade, com grandes concentrações de pessoas em busca de trabalho, causando grandes diferenças sociais e a reurbanização. Além disso, essa nova forma de pensar causou polêmica entre alguns artistas, que se incomodaram definindo como “rebaixamento do design”. No entanto houve uma modificação na cultura e hábitos da sociedade. As peças dos designers se tornaram COMMODITIES, mercadorias de valor agregado, diferente do que acontecia na arte decorativa. O acesso aos objetos aumentou cada vez mais e a população passou a ter aquilo que antes só pertencia aos “escolhidos”, a aristocracia. Com a Revolução Industrial e avanço da tecnologia, houve boa aceitação da sociedade causando um aumento excessivo da produtividade. Assim, o padrão de vida dos artistas e também dos seus consumidores aumentou, modificando as relações sócio-econômicas e estabelecendo a função do design para a sociedade.

Cadeira Panton


     Ruskin abriu uma discussão sobre o papel do design na sociedade, e defendia que o design recuperasse o aspecto artístico, pois naquela época, devido à Revolução Industrial ocorria uma intensa massificação dos produtos. Ruskin via o design como um conjunto que abrangia a estética, a forma, o social, a função e a política. Influenciado por Ruskin, Morris tinha interesse em integrar teoria e prática. Suas idéias eram baseadas no Socialismo, e ele via no Design um modo de integrar arte com reforma social. Morris também era contra a massificação, e achava que o design deveria fazer parte de um processo criativo, unindo-se à arte, alcançando a categoria de arte útil.



     A espiritualização deveria fazer parte do design, ou seja, a criação de um objeto deveria vir de um criador, originar-se de uma ideia criativa, e não se moldar à ideia de reprodução em massa, o que traria um progresso vazio e alienante. O artista tem então, um papel fundamental para o design, segundo a escola de Morris. Morris, que foi o criador do “Movimento da Manufatura e Artes” (Arts and Crafts), defendia que o artista com uma consciência social poderia direcionar seus esforços de maneira mais interessante sendo um mero artesão, dessa forma servindo a sociedade de objetos que tivessem alem de sua função, um cuidado com a forma e estética, e proporcionasse prazer a quem os observasse.

Karim Rashid


     Vários designers foram influenciados por esse modo de pensar de Morris, como por exemplo, o designer Arthur Mackmurdo, que se inspirava na História da Arte para a criação de suas peças, e defendia a abolição da distinção entre Belas Artes e Artes Aplicadas. Devido a tudo isso, naquela época o design era muito influenciado pela arte, principalmente porque haviam muitas questões ideológicas envolvidas, que defendiam que arte e design deveriam se unir.



La chaise long 1948 Charle e Ray eamaes

     Principais diferenças entre as teses de Morris e Ruskin e o período do Fordismo: RUSKIN prezava pelos aspectos sociais do design. Através da estética e valorização do processo criativo, pensava no sentido da concepção de cada objeto. Era contra a ALIENAÇÃO AO TRABALHO, pois para ele o design tinha que se libertar do processo de mecanização. O homem estava cada vez mais submetido aos ditames da máquina.



MIES VAN DER ROHE Chair D42 


     MORRIS foi o idealizador do movimento ARTS & CRAFTS. A função da forma do objeto era pensada, dando alma para cada criação. Tudo era feito com base em referências e inspirações. Seu objetivo era integrar a arte com reforma social. O design influenciava o modo de vida das pessoas. Havia uma relação SUBJETIVA, trazendo: prazer, fruição (admiração por um processo criativo), gozo, entendimento. Também tentava diminuir a pressão que os designers sofriam ao produzir em massa, negando os ditames do mercado.



Artifort tongue loungechair Pierre Paulin


     No Movimento da REFORMA ESTÉTICA PARA AS MÁQUINAS, Frank Lloyd Wright faz apologia à máquina e tem a preocupação com o dinamismo, que pouparia o tempo de produção, e daria ênfase à expansão do mercado consumidor. Desta forma, os aumentos do lucro e da produção estavam crescendo e com isso o apoio do governo era mais forte.




     No FORDISMO a produção era feita de forma racionalizada. Foi criada a linha de montagem nas fábricas. Não haviam conceitos ligados ao social, causando o esvaziamento do sentido do objeto. Havia uma relação totalmente OBJETIVA, tendo como principais características a: conformidade, repetição, padronização, uniformização e extremo controle. O objetivo do TAYLORISMO era a redução de custos de trabalho e aumento da produtividade.



Orgy-sofa-2002